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Manifestante exibe cartaz de apoio à Ucrânia em frente à Casa Branca, em Washington: “Putin é criminoso de guerra”

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Zelensky declara estado de mobilização geral na Ucrânia e fala em nova ‘Cortina de Ferro’

Medida significa a convocação de recrutas e reservistas e dá ao Estado o direito de usar propriedades de cidadãos em ações militares; em discurso, presidente afirma que Ucrânia ‘está sozinha’ na defesa contra a Rússia

KIEV — O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou um decreto nesta quinta-feira no qual declara que o país está em estado de mobilização geral depois do início da invasão militar da Rússia. Segundo o texto, publicado na página da Presidência, estão convocados todos os recrutas e reservistas aptos para o serviço, que devem se apresentar a alguma das instituições militares do país. Segundo o presidente, 137 pessoas morreram e 316 ficaram feridas neste primeiro dia de operações.

O decreto ainda afirma que a mobilzação deve contar com o apoio de autoridades federais e regionais, além da iniciativa privada, que devem colocar à disposição das autoridades militares, de forma temporária, “edifícios, estruturas, terrenos, transportes e outros meios materiais e técnicos”. Ele também aifirmou que sabotadores russos entraram em Kiev, afirmando que ele era o alvo número 1 de Moscou, assim como sua família.

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O estado de mobilização terá validade de 90 dias, e se junta a outras ações, como a decretação da Lei Marcial horas depois do ataque. A medida proíbe a saída do país de cidadãos ucranianos do sexo masculino pelo período em que a legislação permanecer em vigor.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante entrevista coletiva em Kiev Foto: Ukrainian Presidential Press Ser / via REUTERS
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante entrevista coletiva em Kiev Foto: Ukrainian Presidential Press Ser / via REUTERS

Antes da assinatura, Zelensky fez um duro discurso, em que falou sobre os combates e pediu aos russos que se levantem e protestem contra a invasão. Ele também se comprometeu a permanecer em Kiev enquanto suas tropas combatem invasores russos que avançam em direção à capital, no maior ataque a um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

— Se vocês nos ouvem, se nos entendem, se você entende que vocês estão atacando um país independente, por favor saiam às praças e se dirijam ao presidente de seu país — afirmou Zelensky. Há registro de protestos em cerca de 60 cidades russas, e quase duas mil pessoas foram presas, segundo o site OVD-Info.

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O presidente afirmou que, com o ataque, a Rússia está se isolando do resto do mundo.PUBLICIDADE

— O que nós estamos ouvindo hoje? Não são apenas explosões de foguetes, batalhas, o som de aeronaves. Esse é o som de uma nova Cortina de Ferro baixando e isolando a Rússia do resto do mundo civlilizado. Nossa tarefa nacional é fazer com que essa cortina não baixe sobre nosso território — apontou Zelensky, referindo-se ao nome usado para marcar a divisão da Europa entre as áreas de influência dos EUA e da ex-União Soviética, no contexto da Guerra Fria.

No final do discurso, ele fez um apelo aos líderes da comunidade internacional.

— Se vocês, líderes europeus, líderes mundiais, líderes do mundo livre, não nos ajudarem hoje, amanhã então a guerra vai bater em suas portas — concluiu.

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Em seu canal no Telegram, o líder ucraniano afirmou ter pedido aos líderes da União Europeia, nesta quinta-feira, que fiquem ao lado de seu país e parem a Rússia.

“O destino da Ucrânia está sendo decidido na Ucrânia: se Putin não obtiver uma rejeição decente agora, ele seguirá em frente”, diz o comunicado. “[Os ucranianos] estão morrendo pela liberdade da Ucrânia e da Europa.”

Ainda no Telegram, Zelensky aumentou o tom das críticas, dizendo que, hoje, seu país está “sozinho” na defesa contra os russos. Ali, revelou que os 137 ucranianos mortos neste primeiro dia de combate receberão póstumamente o título de Herói da Ucrânia.

— Quem está pronto para lutar conosco? Honestamente, eu não vejo ninguém. Quem está pronto para dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Honestamente, todos estão com medo  — afirmou, em vídeo. —  Eles respondem que estão conosco, mas não estão prontos para nos dizer que “a Ucrânia estará na Otan”. Todos estão com medo, e nós não temos medo, não temos medo de nada.

O Globo e agências internacionais

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